sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


ELA: Estou?
ELE: Olá...
ELA: Quem é?
ELE: Sou eu, a felicidade iludida.
ELA: O que é que tu queres?
ELE: Dizer que te amo.
ELA: OUTRA VEZ? Eu já ouvi isso 15 vezes. Nao te cansas?
ELE: Quem ama nao cansa...
ELA: Mas eu canso... Eu nao te amo!
ELE: O que?
ELA: E' isso mesmo, eu iludo e por isso me chamo ilusao do amor.

Neste exacto momento uma lagrima corre na minha face...

ELE: Como podes dizer isso?
ELA: Dizendo que nao te amo. Nao devo nada a ninguem.
ELE: Nao deves nada?
ELA: E' claro que nao.
ELE: Deves sim. O teu amor.
ELA: Que amor?
ELE: Tu fazes-me voar tao alto e agora dizes que nao me amas?
ELA: Deves estar a ficar louca!

E as lagrimas insistentemente nao paravam de cair...

ELE: Estou mesmo louca...acreditei em ti!
ELA: Tu sabias que era so amizade, nao?
ELE: Claro que nao... Dizes-te tantas coisas... E ainda me deste um beijo!
ELA: Um beijo? Aquilo nem foi beijo...
ELE: Nao foi? Entao o que foi?
ELA: Ok... Foi um beijo sem significado.
ELE: Ah e um beijo sem significado deixa de ser beijo?
ELA: Nao.
ELE: Quer dizer, eu nao significo nada para ti?
ELA: Significas...
ELE: O que?
ELA: Uma grande conta de telefone no final do mes. Agora vou desligar.
ELE: NaO... Por favor!
ELA: Porque?
ELE: Porque eu te amo...
ELA: Qual o valor que o teu amor me vai dar?
ELE: Felicidade.
ELA: Eu quero coisas materiais...
ELE: Eu vou ser tua...
ELA: Isso nao vale... Quanto e que tu vales?
ELE: Porque esta pergunta?
ELA: Se eu enjoar de ti posso-te empenhar?
ELE: O que e' que eu fiz para me tratares assim?
ELA: Amar-me! Agora vou desligar!
ELE: NAO, por favor!!!
ELA: Queres parar com isto? TOU FARTO!
ELE: Nao... por favor, nao desligues.
ELA: ?
ELE: Fala comigo...
ELA: ?
ELE: Por amor de Deus, diz que me amas!
ELA: OUVE... eu ja estou farto de ti. Agora ve se me esqueces.
ELE: Eu prefiro morrer do que te esquecer.
ELA: Ai e'? Entao mata-te! (Ele desliga.)
ELE: Nao... por favor... Nao me facas isto, eu amo-te.

ALGUNS DIAS DEPOIS...


- Do que morreu este rapaz?
- Perguntam
- De intoxicaçao.
- Responde a enfermeira.
- Coitada... ele tinha algum problema?
- Perguntam
- Sim, sofria de amor...
- Responde a enfermeira.
E entao, no dia do funeral a rapariga do que o rapaz gostava apareceu no local prestando a sua ultima homenagem e largou uma rosa vermelha e disse baixinho:
- Amo-te! Ele la de cima a ver tudo, respondeu bem alto:
- TARDE DEMAIS ...

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