quarta-feira, 20 de maio de 2009
ESCORPIÃO
Lugar na Natureza
Apesar da existência de poucos exemplares, evidências fósseis indicam que os primeiros escorpiões ( aproximadamente 400 milhões de anos atrás) eram de vida aquática possuindo guelras e patas, e se pareciam em muito com os escorpiões actuais. Alguns dos primeiros escorpiões a viverem a maior parte do tempo em terra firme eram muito pequenos, mas pelo menos uma espécie - Praearcturus Gigas - assumia maiores proporções chegando a medir 1 metro de comprimento sendo pois um notório predador.
Os escorpiões modernos se adaptaram aos mais variados tipos de habitat, dos desertos às florestas tropicais e do nível do mar a grandes altitudes em montanhas. Uma espécie foi encontrada vivendo a 4.200 metros de altitude nos Andes. Apesar de pequenos em tamanho, escorpiões exercem papel fundamental na cadeia alimentar. Não é incomum encontrarmos três ou quatro espécies diferentes convivendo no mesmo habitat, ou em grupos numerosos, eles são animais carnívoros, prendando grande quantidade de invertebrados e ocasionalmente pequenos vertebrados contribuindo sobre maneira para o equilíbrio ecológico.
Classificação dos Escorpiões
A medida que pesquisadores aprofundam seus estudos sobre os escorpiões torna-se mais frequente a necessidade de reavaliação e mudanças na sua classificação. Infelizmente são pouquíssimos os pesquisadores trabalhando com escorpiões no mundo, no Brasil não seria possível enumerar uma dezena mesmo sabendo que no passado contávamos com os maiores expoentes da arcnologia mundial tais como Lutz, Wolfgang Burchel, Campos Mello, além do "pai" da terapia anti-escorpiônica Vital Brasil. O resultado deste desinteresse é a lentidão do processo evolutivo da sistemática actual, utilizando-se das características físicas e moleculares, pesquisadores já determinaram a classificação de 1500 espécies e sub espécies aproximadamente, dividas em 16 famílias:
1- Bothriuridae
2 - Buthidae
3 - Chactidae
4 - Chaerilidae
5 - Diplocentridae
6 - Euscorpiidae
7 - Heteroscorpionidae
8 - Ischnuridae
9 - Iuridae
10- Microcharmidae
11 - Pseudochactidae
12 - Scorpionidae
13 - Scorpiopidae
14 - Superstitionidae
15 - Troglotayosicidae
16 - Vaejovidae
Muitas delas são divididas em sub-famílias, que por sua vez se dividem em género, espécies, e em alguns casos subespécies. Existe muita discordância entre os pesquisadores sobre a validade ou não das subespécies; alguns afirmam que a classificação actual de muitas subespécies esta pouco definida e muito subjectiva, ma vez que as características físicas utilizadas para tal definição são muito pequenas e só podem ser observadas através de dissecação microscópica.
A separação de género em espécie deve ser motivo de investigações cuidadosas que requerem muita paciência e determinação. É sabido que a coloração e o tamanho de indivíduos de uma mesma espécie podem variar de acordo com os seus respectivos micro habitats e estas peculiaridades deve ser cuidadosamente avaliadas quando da classificação das espécies. Uma diferença única e isolada não é suficiente para elevar um certo tipo de escorpião à condição de espécie, se houver aumento de interesse por parte de pesquisadores e principalmente fontes de financiamento para pesquisa, seguramente novas espécies de escorpiões serão descritas. A biologia molecular através do uso de PCR, ou análise de DNA tornou-se uma ferramenta de suma importância nesta tarefa.
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